domingo, 29 de abril de 2007

Os números da Comissão do Idoso

Quando propus a criação da Comissão do Idoso da Câmara, sabia da carência deste público para com o atendimento especializado em órgãos públicos. Por isso, briguei por esta causa. Outra luta foi a implementação de um telefone gratuito para os idosos terem livre acesso à Comissão. Um sucesso. A procura por informação e amparo é grande. Nos últimos meses, os números apontam que estamos na direção certa. Vejam: das 561 solicitações de atendimentos encaminhdas à Comissão do Idoso da Câmara Municipal do Rio de Janeiro no período de outubro de 2006 a abril de 2007, 443 já foram solucionadas. As mais freqüentes foram para cálculo de pensão e de imposto de renda, revisão de aposentadorias e até mesmo pedidos de socorro com relação a um crime que tem se mostrado recorrente nos últimos tempos, a apropriação de cartão bancário do idoso. Casos de atendimento pscicológico também chegaram à Comissão em grande número neste período, principalmente os que dizem respeito a maus tratos, abandono e, pasmem, cárcere - geralmente cometido pelos próprios familiares dos idosos. É gratificante desenvolver um trabalho quando percebe-se que os resultados vêm ao encontro das nossas expectativas. Para entrar em contato com a Comissão, basta ligar para 0800-28-22-899.

sábado, 28 de abril de 2007

O fim do Conselho de Ética da Câmara

O atual Conselho de Ética da Câmara dos Deputados é uma peça de ficção. A atitude do Conselho de não julgar mensaleiros e sanguessugas da legislação passada, na atual legislatura, tira a credibilidade e coloca em dúvida os julgamentos anteriores feitos poe ele. O argumento de que os deputados envolvidos nos referidos escândalos foram absolvidos pelo povo nas urnas é um afronte e atende somente a conveniência política do momento. Qual seria então a capacidade deste conselho para ter cassado meu pai, Roberto Jefferson? Nenhuma. Quem pode cassar ou devolver o mandato de um parlamentar são somente os eleitores. Para se ter um Conselho de Ética independente, este órgão deveria ser composto por membros independentes da sociedade civil. Um conselho de fora para dentro. Uma espécie de auditoria popular que teria como papel o zelo pela conduta dos parlamentares. Essa proposta deveria ser apresentada em Brasília.

sexta-feira, 27 de abril de 2007

Aborto: para uma discussão ampla; é preciso acabar com as clínicas clandestinas

O jornal O Dia de hoje traz dois artigos distintos que tratam quase do mesmo assunto. Quase, porque um deles defende o direito de se discutir números e questões de saúde pública que pesam a favor do direito da interrupção forçada da gravidez. E o outro se posiciona diretamente contra o aborto usando números fora de contexto e a fé como argumentos. No artigo que trata do direito de se expor questões relativas a descriminalização do aborto, de autoria da juíza de direito e professora universitária Flávia Viveiros de Castro, existe a defesa da tese de que as mais afetadas pela atual proibição são justamente as mulheres pobres. São elas, que por não terem acesso à informação e tampouco dinheiro para pagar as despesas de clínicas clandestinas, as que recorrem às agulhas de tricô ou até mesmo a talos de couve para interromperem as gravidezes não desejadas. São essas mulheres que personificam os números cruéis da estatística, que aponta que 1,2 milhão de gestantes morrem anualmente ao se submeterem a procedimentos abortivos sem segurança e sem mínimas condições de higiene. Para as classes mais abastadas isso não importa. As mulheres de classe média e classe alta já recorrem a abortos em clínicas clandestinas. Não precisam que se descriminalize os abortos para evitar mortes. Elas já o fazem, pois têm poder econômico para isso. Esses são argumentos favoráveis à legalização. Mas pouco se comentam tais argumentos. Vê-se claramente que quem busca trazer essas considerações à luz para enriquecer uma ampla discussão sofre de preconceito. Quem tenta fazer isso, rapidamente, é apontado como defensor do aborto. Deveria ser apontado como alguém que acha primordial se ouvir pontos e contrapontos favoráveis e desfavoráveis ao aborto. Mas não o é. Já aqueles que se posicionam contra o aborto têm como crucial ponto de apoio às suas idéias, a religiosidade do povo brasileiro, fato que deve ser um dos componentes dessa dicussão, mas que de forma alguma, pode se sobrepor aos argumentos técnicos relativos à saúde pública. O que se deveria fazer para trazer a massa crítica da sociedade à discussão seria sufocar, acabar com as clínicas de aborto clandestino. Com essa medida, que seria meramente o cumprimento da lei atual, as mulheres com maior poderio econômico seriam afetadas diretamente. Para a classe média e alta, não haveria saída a não ser vir a público para discutir. Assim, sem ter a quem recorrer para uma interrupção de gravidez indesejada, teríamos a presença dessa massa crítica, despida de preconceitos, para o debate. Por fim, acredito que a questão da descriminalização deve ser discutida e rediscutida, com todos os atores envolvidos tendo direito a expor seus argumentos antes de serem rotulados como assassinos, por defenderem o direito de acesso ao aborto, ou como santos, por simplesmente serem contra a descriminalização.

quinta-feira, 26 de abril de 2007

Nada como um boi de piranha

A convocação do Secretário Municipal de Urbanismo, Augusto Ivan de Freitas Pinheiro, e do Procurador Geral do Município, Júlio Rebello Horta, à Câmara dos Vereadores, para explicar porque o prefeito não cumpre a lei do Plano de Estruturação Urbana (PEU) de Vargem Grande, na última terça-feira, teve lado bom e ruim. Os veradores ficaram arrepiados com o que disse o procurador: "O prefeito só cumpre a lei que quiser". Ouvimos o que já sabiamos de fato, mas de fonte oficial do governo da cidade. Por outro lado constatou-se que o secretário é o "boi de piranha" orientado pelo procurador a dizer que descumpriu a lei baseado no parecer da PGM. O secretário tinha certeza de que não ficaria descoberto por ter agido para agradar o chefe. Mas se enganou. Durante a fala do procurador, que se seguiu a sua, descobriu o contrário. O procurador tirou o dele da reta, tirou o do prefeito da reta. E colocou o do quem? Do secretário. O procurador afirmou que se houver algum questionamento da responsabilidade das concessões de licenças, quem responderá judicialmente será o secretário de urbanismo e os funcionários da secretaria. Em outras palavras. Sobrou para o secretário, um técnico e funcionário concursado.

A decisão do STF e a novela da CPI do Apagão

Enfim, a CPI do apagão aéreo será instalada no Congresso Nacional. A decisão unanime, de 11 ministros do Supremo Tribunal Federal, que obriga os parlamentares da maioria governista a investigar o caos aéreo brasileiro mostra também o despreparo da Comissão de Constituição e Justiça, CCJ, na Câmara dos Deputados. Para quem não se lembra foi na CCJ que se decidiu engavetar o pedido de CPI até que o STF julgasse o mandato de segurança da minoria. E o argumento do ministro Celso de Mello, relator do caso, não deixa dúvidas de que o pedido deveria ter sido acatado pela CCJ. O relator afirma que a Constituição garante o direito da minoria de instalar a CPI. Nesse caso fica a pergunta. Será que o presidente da CCJ, Leonardo Picciani, não sabia da obrigação constitucional que contrariou ao arquivar o pedido? Difícil. Arquivou por conveniência política e gerou desconfiança quanto a lisura da CCJ. Mancha desnecessária. Um político mais experiente aceitaria tal pressão governista? Não creio. Mas a culpa no caso não é do presidente da CCJ e sim daqueles que lá o colocaram, os experientes. Eles contaram com a inexperiência e acertaram. Como contraponto a isso destaco o papel do presidente da Câmara do Rio, Ivan Moreira. Apesar de governista e do partido do prefeito (DEM), ele sabe exatamente a importância do papel que representa. Não fica de cócoras. Por aqui nunca uma CPI deixou de ser instaurada. É o papel do legislativo.

terça-feira, 24 de abril de 2007

Chavez quer restringir até imprensa brasileira

Hoje, mais uma vez, os jornais trazem uma reclamação do governo venezuelano em relação a imprensa brasileira. De acordo com os aliados de Chávez, o ditador venezuelano é perseguido pelo jornal O Globo, que na avaliação do governo venezuelano pega no pé do nobre venezuelano. Depois de fechar a maior rede de TV que fazia oposição ao seu governo o mentor do tal projeto bolivariano tenta ampliar seus tentáculos para imobilizar a imprensa brasileira. Mas nessa Chávez é menos sofisticado que o nosso presidente. Lula impõe seus métodos de forma mais dissimulada, joga suas fichas na dificuldade de depuração da informação por parte do povo. Afinal, quem irá contar diariamente o número anúncios de empresas públicas estampados nas páginas dos jornais? Chávez, aprenda. O que fazem por aqui para se ter o quarto poder dormindo de forma inocente na sala ao lado é aumentar os investimentos em publicidade. É mais eficiente.

Ségolène Royal: a vitória de uma líder feminina

Qualquer que seja o resultado das urnas no segundo turno das eleições francesas as mulheres saem da disputa mais que fortalecidas. Saem de cabeça em pé, em igualdade de condições de se expressar. Os 25,8% dos votos obtidos por Ségolène a levaram para a disputa contra Nicolas Sarkozy, que obteve 31,18% dos votos do eleitorado francês. É a primeira vez na história da França que uma mulher chega ao segundo turno. Ségolène, tem o mérito maior de se manter feminina. Ela não se "masculinizou", como acontece com muitas políticas brasileiras. Não abriu mão de se mostrar como mulher, nem tampouco abriu mão de se manifestar, com uma visão de uma mãe em relação a um filho, quando discursou sobre temas relevantes para a nação francesa. O que para muitos é sinal de fraqueza, como também foi apontado como fraqueza a emoção que demonstrou na entrevista concedida logo após o anúncio dos resultados do priemiro turno. Segundo os analistas políticos, as chances da bela Ségolène vencer o segundo turno não são grandes. Se acontecer será surpresa. Eles acrditam que grande parte do eleitorado irá escolher Sarkozy por seu perfil conservador. Independente do resultado final, Ségolène levou as mulheres a dar mais passo no processo que tornará irreversível a chegada das mulheres ao núcleo do poder. Continuarei torcendo por Ségolène, uma mulher que não abusa do tailleur para parecer capaz.

O fantasma do mensalão volta a assombrar

Mais de R$ 1 bilhão gastos em publicidade. Essa foi a quantia que o Governo Lula gastou em publicidade direta e indireta no ano de 2006. A propaganda de estatais na grande mídia explicam em parte o gasto e camuflam a boa vontade que se tem com o governo pestita. Se mudarmos a angulação do olhar podemos analisar o aumento dos gastos com publicidade de outra forma. Ninguém esuqeceu que o valerioduto tinha como fonte de irrigação os contratos de uma agência de publicidade. Se os métodos não mudaram, os sinais de fumaça emitido pelos números faz com que os mais atentos continuem incomodados com a dúvida sobre a veracidade do fim do mensalão. Com a chegada de Lula ao Planalto, os valores não pararam de subir. Em 2003, o petista foi modesto. Investiu R$ 667,6 milhões. Os gastos subiram para R$ 956,1 milhões em 2004. No ano seguinte, quando estourou o esquema do mensalão, o governo usou R$ 963 milhões em propaganda. E por fim exatos R$ 1,015 bilhão em 2006.

segunda-feira, 23 de abril de 2007

País sem livros, nação sem rumo

Se não fossem os cantinhos dos jornais ou pequenos spots de programas de rádio, uma data que deveria ser celebrada com toda a publicidade aqui por estas bandas passaria em branco. Hoje, além de Dia de São Jorge, celebrado por milhares de católicos em todo o país, é o Dia Mundial do Livro. Em um país que após 500 anos ainda procura seu caminho, o melhor atalho para alcançá-lo seria a massificação dos livros e, por consequência, do hábito de ler. A sabedoria adquirida através da leitura leva a pessoa a desenvolver maior capacidade de viver a vida, não a tendo sempre ditada pelo acaso. A leitura diminui a miopia dos homens, pegando-o pela mão e levando-o por este e outros mundos, e nem o tira do lugar... Os livros são a base mais sólida para a cosntrução da identidade de uma nação. Homens livres lêem. Homens livres pensam. Homens livres opinam. Homens livres reprovam. Aprovam. Partcipam. Homens que não têm a leitura como aliada sofrem pelo horizonte sempre turvo que vêm à frente. Em um 23 de abril, nasceram ou morreram escritores consagrados, como Miguel de Cervantes, William Shakespeare, Vladimir Nabokov e Josep Pla.

domingo, 22 de abril de 2007

Empregos para combater a violência

Uma recente pesquisa, encomendada pela Fecomércio-RJ, mostrou que os brasileiros sabem diagnosticar com precisão a principal causa da violência que enfrentamos nos dias de hoje. Para 70% dos entrevistados nesse estudo, a geração de empregos deve ser a principal política pública para se enfrentar a violência. Para esses entrevistados, esta seria a melhor forma, também, de se resolver a situação dos menores infratores no país. Como trabalhista sempre tive esse tipo de olhar em realção à questão da violência em nosso país e, principalmente, aqui em nosso estado. Avalio que encarar a geração de emprego como um princípio fundamental para a evolução da sociedade de forma homogênea é um passo primordial para se desenvolver uma política social sutentável e real. Dar o peixe pode ser bom em um breve momento, mas, para a longa e imprecisa caminhada da vida, mais indispensável é dar a capacidade de se ter a própria dignidade. Com trabalho anda-se de cabeça em pé.

sábado, 21 de abril de 2007

Festa carioca; exemplo de civilidade

Um grande evento esportivo realizado hoje na enseada de Botafogo reuniu mais de 600 mil pessoas, segundo dados da Polícia Militar. A multidão em paz se aglomerou para ver ases dos ares em uma antes inimaginável corrida aérea. Mas de todos os espetáculos saltou aos olhos a civilidade e a alegria dos cariocas neste sábado festivo. Isso mostra que o nosso povo pode ser a maior propaganda de nossa cidade, seja aqui ou em qualquer lugar do planeta.

sexta-feira, 20 de abril de 2007

Em Brasília, desrespeito a aposentados

O reajuste concedido pelo Governo Federal aos aposentados brasileiros, que recebem benefícios acima de 1 salário mínimo, é ridículo. Apenas 3,3% de reajuste para aqueles que a cada ano sentem no bolso a redução do seu poder de compra. Pois bem, tentando se posicionar sobre o assunto e buscando alertar a mídia para tal absurdo, a Associação Brasileira dos Aposentados foi ontem à Brasília exigir mais respeito com os brasileiros que já deram o sangue por esse país. Pediram reajuste de 8,57%. A proposta nem foi levada em consideração pelo ministro da previdência Luís Marinho. E o pedido foi informal já que o ministro nem mesmo se dignou a receber de forma oficial a proposta. E a maldade de Marinho foi além. Segundo diversos aposentados presentes ao protesto, o motorista de Marinho jogou o carro em cima dos manifestantes, ferindo alguns. A assessoria do ministério nega a versão. Afirma que não houve tal incidente e usa como argumento o fato dos aposentados não terem registrado queixa na polícia sobre a suposta agressão. Desculpa esfarrapada. O correto, e mais republicano, seria receber os aposentados para uma conversa oficial, clara e aberta. Se eu estivesse em Brasília certamente estaria na manifestação ao lado dos aposentados. Agora uma pergunta. Das duas versões em qual você depositaria suas fichas como sendo a verídica? Não responda. Quebraríamos a banca.

quinta-feira, 19 de abril de 2007

Um PTB forte no Rio de Janeiro

Eu, como presidente do PTB regional, e os demais petebistas do Rio de Janeiro traçamos uma meta ambiciosa, mas perfeitamente factível para as eleições de outubro de 2008. Teremos candidato próprio para prefeito e nossa nominata de candidatos para o cargo de vereadores será das mais competitivas. Creio que poderemos concorrer às vagas na Câmara dos Vereadores de maneira efetiva. Nossa nominata já conta com 22 fortes candidatos restando ainda 48 vagas que serão criteriosamente distribuídas entre o nosso quadro partidário. Creio que temos a possibilidade de ficar com 3, ou até mesmo 4, das 50 vagas. Os companheiros de partido que não se engajaram para a construção de um PTB mais forte nas últimas eleições em 2006 devem colocar as barbas de molho. Tal comportamento não será bem vindo. Temos que construir um partido representativo e forte. Para isso, é necessário os petebistas ajudarem petebistas.

quarta-feira, 18 de abril de 2007

Temos que nacionalizar nossas águas

Uma recente notícia chamou muito minha atenção e reforçou minha posição sobre a utilização dos recursos hídricos de nosso país. A reportagem retratava a situação do maior rio da China, que responde por 35% dos recursos hídricos chineses, está em situação deplorável, e em muitos trechos a poluição é irreverssível. Esse é mais um dos sinais a que devemos ficar atentos. Se tivermos um pouco de juízo temos que nacionalizar nossas águas o mais rapidamente possível. Do contrário, em breve, poderemos perder o direito sobre esses recursos. Não é de hoje que diversos países, principalmente aqueles altamente industrializados, defendem, ainda que de forma velada, a internacionalização da Amazônia, de olho em nossas águas. Não podemos admitir isso. Não podemos ser míopes nessa questão. Devemos exigir que a água seja tratada economicamente como uma commodity. Se não iniciarmos essa luta agora quando entrarmos no jogo já estaremos enfrentando um placar adverso. Política pública eficiente deve antes de tudo antecipar possíveis problemas, buscando soluções antes que estes se apresentem. Legislar depois da porta arrombada pouco adianta.

terça-feira, 17 de abril de 2007

Audiência Pública na Unati - A verdade dos fatos

Diferente do que foi publicado na edição de hoje do jornal Extra, não houve nenhuma dicussão ou mal estar durante a Audiência Pública que realizei, ontem, na Uerj. No evento, em que se discutiu a elaboração do Plano Diretor da cidade do Rio de Janeiro, todos os presentes tiveram direito a palavra e por isso não procede a informação de que não deixei ninguém falar. Compuseram a mesa, além de mim, representantes da prefeitura, da Unati e da sociedade civil. Quem me conhece sabe que uma de minhas principais caracterísitcas é a de ser uma democrata convicta, e por isso, sei da primordial importância da pluralidade de opiniões. Todos os presentes na platéia, além dos componentes da mesa, tiveram direito de se expressar. Que fique registrado.

Maria Lenk: exemplo de uma vida

No dia de ontem, o esporte nacional e todos os brasileiros perderam um ícone e uma referência. Maria Lenk, aos 92 anos, nos deixou fazendo aquilo que mais gostava em vida: nadar. Passou mal enquanto nadava na piscina do Clube de Regatas do Flamengo e pouco minutos depois morreu vítima de aneurisma. Maria Emma Hulga Lenk, foi uma pioneira. Primeira mulher sul-americana a competir em Jogos Olímpicos, em Berlim, no ano de 1932, aos 17 anos. Depois disso, foi recordista mundial e desde de 1988 integra o Hall da Fama da Federação Internacional de Natação (Fina), como uma das dez melhores atletas masters do mundo. Não é pouco, mas o legado de Maria Lenk vai além. A nadadora do Flamengo, Elaine Romero, afirma, por exemplo, que sua mãe começou a nadar aos 72 anos, depois de ter conhecido Maria Lenk. Perdemos uma refrência em vida, mas ficamos com seu legado de perseverança, amor ao esporte e de total dedicação à própria vida. Maria Lenk agora é o nome do parque aquático que está sendo construído no Autódromo Nelson Piquet para o Pan 2007. Todas as homenagens serão poucas.

sexta-feira, 13 de abril de 2007

Está certo o governo francês; façamos a nossa parte

A decisão do governo francês de recomendar aos seus compatriotas que vêm ao Brasil que tenham sempre à mão "uma nota de R$ 50 para entregar, sem hesitação, em caso de assalto" em vez de revoltar deve levar todos nós a refletir. Ora, estão certos os franceses. Em um curto intervalo de tempo, dois franceses foram assassinados no Rio de Janeiro. Uma das vítimas trabalhava em uma ONG de ajuda a jovens carentes e foi vítima de um desses ex-menores carentes. O outro, um músico que estava no Rio de Janeiro a trabalho. O que o governo francês fez foi apenas retratar a realidade para esses turistas, pois quem mora aqui no Rio de Janeiro adota de forma costumaz táticas preventivas aos assaltos, tirando sempre o relógio ou as jóias quando vai à rua, e até mesmo evitando determinadas linhas de ônibus ao se deslocar. Mas os franceses não sabem disso, então é mais do que certo que sejam alertados sobre o constante risco a que estão expostos ao andarem desavisadamente pela cidade. E essa insegurança está no ar. Nos maiores pontos turísticos da cidade, temos centenas de moradores de rua, drogando-se e cometendo furtos e assaltos. Seja na orla de Ipanema ou Copacabana, seja no centro da cidade nos pontos históricos, eles estão sempre lá, esperando a oportunidade para agir. Insisto que a violência começa também no cenário, e o nosso, com essa crescente população de rua é dos mais desoladores. Nesse caso, a responsabilidade é da prefeitura, que deveria tirar das ruas essas pessoas. Mas não o faz. Seria uma medida preventiva à violência. Uma espécie de "pequena ajuda" ao estado - representado pela Polícia Militar - este sim responsável por manter a ordem. Essa cooperação, boa vontade e iniciativa são os ingredientes necessários para se colocar em primeiro lugar os interesses da população do Rio de Janeiro, interesses esses que devem estar sempre acima de qualquer disputa política e institucional. Se olharmos com atenção notaremos que a "provocação" do governo francês pode ser um catalizador para a busca da solução. Que não nos falte boa vontade.

quinta-feira, 12 de abril de 2007

A licença maternidade como política pública de saúde

Um projeto de lei, de autoria da senadora Patrícia Saboya, apresentado recentemente à mesa diretora do Senado, e que trata da ampliação da licença-maternidade não tem ganho o destaque merecido na grande mídia. Nele, fica estabelecido que todas as mães terão o direito de amamentar seus filhos por seis meses e não mais por apenas quatro como acontece atualmente. De acordo com a Oragnização Mundial de Saúde (OMS), esse acréscimo de mais dois meses aumenta acentuadamente a imunidade da pessoa quando adulta. E consquentemente reduz os futuros gastos públicos com saúde no futuro. Terão direito a maior licença as funcionárias públicas. Aquelas que trabalham em empresas privadas terão que negociar diretamente com os patrões. Aqui no Rio de Janeiro, é importante também ressaltar o decreto do já desgastado prefeito Cesar Maia, finalizando seu terceiro mandato, que estipula em um ano a licença maternidade. para as servidoras municipais. Aliás, falando no prefeito, é bom ele colocar as barbas de molho: até mesmo as paredes da Câmara já estão comentando que os vereadores da base do prefeito não se sentem mais contentes com a falta de diálogo. E inclusive já se aposta que nem o prefeito, na eleição para seu sucessor, e tampouco seu grupo político, na eleição para vereadores, tenham sucesso nas urnas. Será que no fim das contas o nosso prefeito vai sozinho para apagar a luz?

quarta-feira, 11 de abril de 2007

Prefeitura parece não querer Plano Diretor

Nós, vereadores da cidade do Rio de Janeiro, estamos enfrentando enormes dificuldades para a elaboração do Plano Diretor Decenal. O prefeito Cesar Maia não participa desse processo e parece não existir interesse em divulgar o Plano Diretor, afinal tal plano irá estabelecer regras para a expansão da cidade e, se tais regras não existirem, melhor para quem estiver no comando e pior para a população. A nós, vereadores, coube a impagável missão de, no escuro, sem mapas, sem apoio da prefeitura, colocar os bodes na sala. Pelo menos uma equipe técnica da prefeitura poderia ir à Câmara dos Vereradores mostrar os mapas do Plano Diretor. Mas nem isso foi feito até agora. Um instituto, que fez diversos estudos sobre Plano Diretor para outros municípios, considera que a intenção do prefeito do Rio é realmente não levar a sério o projeto, justamente para que este não exista. Atenção, população do Rio. Nós, vereadores, não podemos nem chamar os moradores de diferentes regiões do município e dizer "olha, esta é a proposta do prefeito para o seu bairro para os próximos dez anos", pois esta não nos foi apresentada até hoje. Neste momento, jogamos contra o tempo, mas queremos ganhar esse jogo, em favor da cidade do Rio de Janeiro.

terça-feira, 10 de abril de 2007

As mortes nas estradas e a falta de planejamento em infra-estrutura

O grande aumento do número de acidentes nas estradas federais neste feriado de Páscoa é resultado direto da má administração do setor de infra-estrutura por parte do atual governo do presidente Luís Inácio Lula da Silva. O maior número de mortes constatado neste ano em relação a 2006 mostra a falta de planejamento e de cuidado com a vida de terceiros. O processo que levou ao desfecho de diversas mortes nas estradas, no último feriado, foi construído por uma sequência de fatos que se encadearam em efeito dominó. Caos nos aeroportos, receio das pessoas em viajar de avião, maior número de pessoas optando por pegar as estradas em seus carros, estradas públicas mal cuidadas - com buracos inacreditáveis - e mal sinalizadas. O somatório de todos os fatores levou aos números de acidentes divulgados. Que mal se pergunte? Para onde vão os impostos da CIDE (Contribuição de Intervenção do Domínio Econômico) que entrou em vigor em 2002 e não teria outro destino senão custear a infra-estrutura de transportes? Desde janeiro de 2002, o cidadão passou a pagar, em valores de cinco anos atrás, R$ 0,28 em cada litro de gasolina e R$ 0,07 no óleo diesel para ver melhorar as condições das rodovias federais em todos os estados. Até hoje esse caminho parece não ter sido percorrido pelos recursos arrecadados. É trágico constatar que as vidas perdidas poderiam ter sido salvas caso os gabinetes do planalto não tivessem a atual miopia e conseguissem enxergar um pouco além. Se fosse assim, constataria-se que o caos no setor de infra-estrutura está em marcha há seis meses no mínimo e que vidas inevitavelmente seriam perdidas.

segunda-feira, 9 de abril de 2007

O abandono da Cinelândia e a total desordem

Fala sério! Chegou ao limite a situação da população de rua na Cinelândia e nos arredores. Na saída do metrô na Cinelândia, logo em frente à Câmara dos Vereadores, um dos lugares mais movimentados da cidade, o abandono é total e dezenas de moradores de rua usam drogas e importunam a todos que passam pelo local. Além disso, fazem por ali suas necessidades fisiológicas, tornando o ar irrespirável. São dezenas de homens, mulheres e crianças. Sei de pessoas, mulheres na maioria, que morrem de medo de passar por ali tal a sensação de insegurança! A noite então nem se fala! Porque a prefeitura não faz nada? É dever da prefeitura cuidar da população de rua e zelar pela cidade. A Cinelândia, cercada pelo Teatro Muncipal, Biblioteca Nacional, Museu Nacional de Belas Artes e o cinema Odeon, é um dos pontos turísticos da cidade e está do jeito que está. Fico decepcionada com o cenário de desolação e o descaso do poder executivo com essa situação. Nossa cidade merece respeito.

quarta-feira, 4 de abril de 2007

A segurança começa nos detalhes

Ontem à noite estive na rua Buenos Aires no centro da cidade. Que decepção. Quanto descaso do poder público. Rua imunda, lixo por todos os lados. Falta de iluminação, população de rua por todos os cantos, um mau cheiro insuportável. Como pode a prefeitura deixar uma das ruas mais famosas do centro do Rio de Janeiro nesse estado. Lá a insegurança está no ar. O poder público deveria ser dar conta de que esse constante descaso incentiva delitos maiores. A combinação do desleixo com as ruas e a crescente degradação da cidade, e ainda o agravante da falta de iluminação, é um incentivo aos marginais e vândalos. A população não valoriza uma cidade assim. Ou alguém acha que uma pessoa deixaria de jogar lixo ou papel na rua em um cenário como esse? Por exemplo, porquê as pessoas não jogam papel e lixo, no chão do metrô? Simples, o chão do metrô é limpo, não se vê lixo, existem lixeiras e o local não é fétido. Não se vê lixo pelo chão. Se as ruas da cidade fosse assim as pessoas pensariam duas vezes antes de jogar um "inofensivo" papel no chão. Foi combatendo esses pequenos delitos que a cidade de Nova York conseguiu se reeguer, em meados dos anos noventa, com a política de "tolerância zero" adotada pelo então prefeito Rudolph Giuliani. A idéia do prefeito era de que combatendo pequenos delitos e zelando pela cidade, ele indicaria aos criminosos que nenhum tipo de crime seria tolerado. A política deu certo. Nova York reduziu de forma consagradora os índices de violência. Giuliani, por meio de atitudes e atos concretos, comunicou aos criminosos em particular, e aos nova iorquinos em geral que os tempos eram outros. A prefeitura do Rio poderia contribuir para a segurança, definida como dever do estado, zelando pelo cuidado com a cidade. Com o cenário atual, a rua Buenos Aires deveria voltar a ter o nome pelo qual era conhecida antes da mudança feita em 1915, quando era chamada de rua do Hospício.

terça-feira, 3 de abril de 2007

A Páscoa, os aviões e a intranquilidade

A verdade é que mesmo que o governo brasileiro consiga debelar de alguma forma a crise nos aeroportos ninguém vai viajar tranquilo no feriado da Páscoa. Quem hoje em dia entra em um avião se sentindo completamente seguro? Quem sai de casa para ir ao aeroporto achando que terá uma viagem confortável e tranquila? Quem garante aos amigos e familiares a hora que irá chegar ao destino? Ninguém. Mas fica uma pergunta a ser respondida: será que dessa vez, depois de seis meses de caos intermitente, o presidente Lula, sabia da crise?

segunda-feira, 2 de abril de 2007

Aposentadoria: programe seu futuro

Uma recente pesquisa feita pela Universidade de Oxford trouxe à tona uma grande despreocupação do brasileiro quanto à aposentadoria. Os números mostram que apenas 24% dos nascidos no Brasil têm alguma preocupação com a renda que terão no futuro e mais esse mesmo estudo registra que 52% dos entrevistados desejam relaxar na velhice, mas não se dão ao trabalho de sequer pensar em fazer qualquer tipo de aposentadoria. Se formos tomar como paramêtro números internacionais, da mesma pesquisa, veremos que 66% dos americanos pesquisados se preocupam em poupar desde de cedo. Outros países também estão na nossa frente no quesito preocupação com o futuro. Do que produzem, os indianos guardam 31% para a velhice. Esses números mostram que grande parte dos brasileiros acreditam que a previdência brasileira vai garantir a eles uma aposentadoria tranquila. Mas não é bem assim. A previdência brasileira é mal gerida. O atual sistema previdenciário social do nosso país é caro para a nação e insatisfatório para os aposentados. O fato de pessoas que nunca contribuiram para a previdência receberem benefícios faz com que hajam desequilirios, e isso é um fato. Mas também é fato que se não fosse ao menos o pequeno benefício que recebem essas pessoas passariam sérias dificuldades. O que fazer? O melhor a fazer é se planejar e não contar com um elefante manco que se arrasta. Ter uma previdência privada complementar é uma alternativa, assim como também o é qualquer investimento financeiro, com aporte mensal, escolhido pelo poupador, que nesse caso teria que contar com a auto disciplina. A questão é que contar com a previdência em um futuro nem tão longe é um tiro na água. Não sabemos se as regras atuais serão alteradas ou não, e ainda, não sabemos quais regras podem mudar e porque mudariam. Assim, não existindo clareza de regras não existe como se ter o mínimo de previsibilidade em relação a qual será sua situação financeira no futuro. Programe seus futuro o mais cedo possível, e principalmente, conte com você mesmo para construir sua aposentadoria.