terça-feira, 29 de janeiro de 2008

Falta de informação é fruto da má educação

Notícia do jornal Estado de São Paulo mostra como a baixa escolaridade dos brasileiros se reflete diretamente na formação de uma opinião pública crítica e atuante. A leitura diária de jornais, um dos princípios básicos para a aquisição de informações essenciais para o real entendimento do quebra cabeça social, no Brasil é um exercício de poucos. De acordo com o relatório preparado pela Associação Mundial de Jornais, apenas 45,3 em cada mil brasileiros compravam jornais diariamente, em 2005. Os japoneses eram os campeões de leitura, com 633,7 leitores de jornais em cada mil habitantes. Em segundo lugar, vêm os noruegueses, com 626,3 compradores por mil habitantes; e, em terceiro, os finlandeses, com 518,4 por mil. Ingleses (348) e alemães (305) estão mais bem posicionados que os americanos (249,9). O Brasil fica ainda devendo para os vizinhos mexicanos (148,4) e argentinos (94,2).

segunda-feira, 28 de janeiro de 2008

Salário das polícias

A briga por melhores salários nas polícias do Rio é o prenúncio de uma crise política que pode abalar o governo Sérgio Cabral, justamente num ano eleitoral. A falta de sensibilidade política no trato da questão vai desembocar na ruptura entre a tropa e comando. Já se anuncia o primeiro passo da revolta: operação padrão em que policiais só saem se todas as condições operacionais estiverem a contento. Por exemplo: nehuma viatura quebrada sairá dos quartéis, como não há renovação da frota, a cidade corre o risco de ficar sem policiamento. A conseqüência da crise é imprevisível, mas não é desmoralizando a tropa que se vai resolver a questão. A verdade é que se continuarmos tratando segurança pública como apenas caso de polícia, continuaremos enxugando gelo. Sociedade e poder público juntos têm o poder de dar um basta na violência urbana. O que não pode é um empurrando ao outro a responsabilidade pela solução do problema.

quarta-feira, 2 de janeiro de 2008

Regime de excessão

A determinação do governo em punir a classe média pela não prorrogação da CPMF revela uma postura criminosa da corte instalada atualmente no Planalto. A recente medida da Receita Federal em quebrar o sigilo bancário de quem movimentar mais de R$ 5 mil é um escárnio e uma agressão ao Estado Democrático de Direiro, pois viola direitos constitucionais. Lula não é rei e nunca será, pois enquanto neste País houver Justiça, pretenções absolutistas como a em curso pela corte palaciana jamais vingarão.