terça-feira, 24 de abril de 2007

Ségolène Royal: a vitória de uma líder feminina

Qualquer que seja o resultado das urnas no segundo turno das eleições francesas as mulheres saem da disputa mais que fortalecidas. Saem de cabeça em pé, em igualdade de condições de se expressar. Os 25,8% dos votos obtidos por Ségolène a levaram para a disputa contra Nicolas Sarkozy, que obteve 31,18% dos votos do eleitorado francês. É a primeira vez na história da França que uma mulher chega ao segundo turno. Ségolène, tem o mérito maior de se manter feminina. Ela não se "masculinizou", como acontece com muitas políticas brasileiras. Não abriu mão de se mostrar como mulher, nem tampouco abriu mão de se manifestar, com uma visão de uma mãe em relação a um filho, quando discursou sobre temas relevantes para a nação francesa. O que para muitos é sinal de fraqueza, como também foi apontado como fraqueza a emoção que demonstrou na entrevista concedida logo após o anúncio dos resultados do priemiro turno. Segundo os analistas políticos, as chances da bela Ségolène vencer o segundo turno não são grandes. Se acontecer será surpresa. Eles acrditam que grande parte do eleitorado irá escolher Sarkozy por seu perfil conservador. Independente do resultado final, Ségolène levou as mulheres a dar mais passo no processo que tornará irreversível a chegada das mulheres ao núcleo do poder. Continuarei torcendo por Ségolène, uma mulher que não abusa do tailleur para parecer capaz.

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